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Fabricante de carrinhos de rolimã relembra trajetória 4r3mi

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Foto: Renan Mattos (Diário)

O cruz-altense Alexandre Scott, 45 anos, chegou ainda na infância, em Santa Maria. Na Cidade Cultura, começou a trabalhar na adolescência e, atualmente, é gerente de mercado. Casado há oito anos com Elisandra Oliveira Machado Scott, ele é pai de Nicolas, 4 anos, e de Alessandro, 22, filho do primeiro casamento. No tempo livre, Scott cultiva um hábito inusitado. Ele projeta e constrói carrinhos de rolimã, uma de suas grandes paixões. Sempre no objetivo de popularizar o esporte,  Scott é presidente do Rolimã Brasil, organização nacional que promove campeonatos por todo o país. Conheça um pouco mais dessa história na entrevista a seguir.

Diário - Em que circunstâncias  o senhor se mudou para Santa Maria?
Alexandre - Meu pai, que era caminhoneiro em Cruz Alta, conseguiu um trabalho melhor em outra transportadora de Santa Maria. Como tínhamos parentes na cidade, a mudança foi mais fácil. Nossa chegada foi bem tranquila. Conseguimos um local para morar próximo ao trabalho do pai, no Km 3. Para mim, a adaptação foi natural, visto que, logo que cheguei, fiz amizades. Como a empresa que contratou meu pai era grande, interagi com os filhos dos colegas dele. Estudei na Escola Municipal Lourenço Dalla Corte e, depois, na Escola Estadual Professora Margarida Lopes. Conclui apenas o Ensino Fundamental. Preferi trabalhar e deixar os estudos.

Diário - Por que o senhor começou a trabalhar ainda na adolescência?
Alexandre - Aos 13 anos, comecei  a trabalhar como auxiliar de oficina mecânica. Como era permitido na época, assinavam a minha Carteira de Trabalho. Foi uma opção. Meus pais me deixaram escolher continuar estudando ou trabalhar e ganhar o próprio dinheiro. Eu não tinha noção de o quanto o estudo seria tão importante para o meu futuro. Assim, considerei o lado financeiro. Mas hoje é tranquilo. Graças a Deus, tenho minha casa, meu carro e estou estabilizado profissionalmente. Trabalho no mesmo mercado há 18 anos. Como já atuava com venda de frutas, estou no ramo há 27 anos.

Diário - E a paixão pelo rolimã? Como iniciou?
Alexandre - Quando eu era criança, época em que cheguei em Santa Maria, brincava muito de rolimã. Naquele contexto, os carrinhos eram bem gaudérios. Tinham apenas uma tábua, dois cabos de vassoura, quatro rolamentos e o chinelo para freio.
Depois, me envolvi  com o trabalho e nunca mais brinquei com isso. Em 2013, tive contato com os carrinhos novamente. Como meu filho andava de skate, um dia, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), fiquei observando ele e decidi fazer um carrinho de rolimã para andarmos juntos. Eu tinha quase 40 anos. E, então, a paixão recomeçou. Fiz os dois primeiros carrinhos, os quais chamaram a atenção de parentes e amigos. Logo, ei a produzir outros por encomenda e essa função se tornou um esporte e um lazer para mim. Então, fui convidado a competir em Cruz Alta, em 2015, e, já de cara, fiquei com o 1º lugar. Isso me empolgou bastante. No mesmo ano, decidi organizar um campeonato em Santa Maria. Entrei em contato com a prefeitura e realizei, com os outros amigos, o 1º Campeonato Santa-Mariense de Rolimã. Em 2019, teremos a 6ª edição. Realizamos, também, encontros mensais na UFSM, com o objetivo de trazer novos adeptos e incentivar as crianças a saírem da internet e se voltarem ao esporte.

Diário - Como funciona a produção dos carrinhos?
Alexandre - Não tenho uma venda externa muito grande, até porque não disponho de tempo para realizar uma produção maior. Logo, é uma iniciativa mais local, com foco em Santa Maria. Neste ano, as vendas diminuíram em relação aos anos anteriores, quando vendi vários carrinhos. Já produzimos mais de 100, em mais de 20 modelos. Tenho uma oficina nos fundos de casa, bem equipada. Trabalho mais com madeira. Se preciso de solda, faço fora.

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Foto: arquivo pessoal

Diário - Esse esporte tem tido espaço em Santa Maria?
Alexandre - Estamos com a ideia de formar uma associação em Santa Maria.
Por enquanto, essa iniciativa dá os primeiros os em um grupo no WhatsApp. No entanto, para seguirmos organizando campeonatos, precisamos de patrocínio e de apoio de empresários. Levar esse esporte adiante, é um trabalho que envolve famílias, crianças e, ainda, gera renda para o município. Atualmente, sou presidente do Rolimã Brasil. Idealizei e ajudei a fundar essa associação que, agora, tem uma diretoria formada por colaboradores de São Paulo, Minas Gerais, entre outros Estados. Estamos comprometidos em divulgar o rolimã no Brasil inteiro.
Para isso, temos uma página no Facebook com mais de 120 mil curtidas. Minha ideia na época que comecei, era só lazer. Nem imaginava que tomaria essa proporção. Agora, a produção dos rolimãs é um complemento de renda. Além disso, com a prática, me apaixonei ainda mais por esse esporte.

Diário - De que forma o senhor projeta os carrinhos?
Alexandre - Ano a ano, vou evoluindo. Já estou com um modelo 2019. O carrinho do ano ado está para negócio. O projeto tem ado por várias modificações.
O de 2019 é o primeiro modelo carenado com plástico, estilo que está em alta por ganhar mais velocidade pela aerodinâmica, perder o arrasto do vento e contar com 12 rolamentos.

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Com a esposa Elisandra

Diário - A fé é outro aspecto importante para o senhor?
Alexandre - Sou evangélico. O foco da minha vida é a fé. Sem Deus, nada tem sentido. Há 20 anos, fui convidado para ir à igreja, gostei e fiquei. Sou presidente do Grupo Missionário de Homens (GMH) na Igreja do Evangelho Quadrangular. Nosso objetivo é, através de encontros, divulgar a palavra de Deus.

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