Elisa de Oliveira Carvalho, 36 anos, deixou na manhã desta segunda-feira (19) o Presídio Regional de Santa Maria (PRSM), onde estava presa desde o dia 13 de maio. Ela é mãe de Isabelly Carvalho Brezzolin, de 11 anos, que morreu em São Gabriel, e era investigada por suposta responsabilidade na morte da filha.
A libertação de Elisa ocorreu após o Ministério Público emitir parecer favorável ao pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa na semana ada.
Elisa e o companheiro, José Lindomar Nunes Brezzolin, 55 anos, haviam sido presos em flagrante após a morte de Isabelly, que ocorreu na Santa Casa de São Gabriel. Desde então, o caso ganhou repercussão estadual e ou a ser investigado sob sigilo.
Segundo os advogados de defesa, Rebeca Canabarro e Andrei Nobre, Elisa começou a tratar a filha quatro dias antes de levá-la ao hospital, utilizando medicamentos para uma infecção no ouvido. A defesa sustenta que a mãe não teve intenção ou atitude que configurasse maus-tratos ou negligência.
O pai da menina segue preso, e não há informações sobre pedido de liberdade. A Defensoria Pública está responsável pela defesa de Brezzolin.
Polícia Civil conclui inquérito e indicia os pais de Isabelly
No domingo (18), a Polícia Civil de São Gabriel concluiu o inquérito sobre a morte de Isabelly Carvalho Brezzolin e indiciou os pais da menina pelos crimes de maus-tratos e estupro de vulnerável.
Apesar de laudos do Instituto-Geral de Perícias e do hospital não apontarem sinais evidentes de violência física, o inquérito concluiu pelo indiciamento com base em outros elementos, como a suposta demora do casal em procurar atendimento médico e depoimentos que indicam comportamentos suspeitos por parte do pai, relatados pela mãe em uma das declarações prestadas à polícia.
A defesa de Elisa informou que a mãe teria sido indiciada por maus-tratos, e José Lindomar pelo crime de estupro de vulnerável. O delegado responsável pela investigação, Daniel Severo, não retornou até a publicação da matéria.
Com o encerramento do inquérito, o processo segue agora para o Ministério Público, que decidirá sobre a apresentação de denúncia à Justiça.