A área colhida de soja já ou dos 90% no Estado. Os últimos dias com pouca chuva auxiliaram na colheita, permitindo que apenas as áreas semeadas na segunda quinzena de dezembro ainda precisem ser colhidas. Dessa maneira, ainda estamos chegando ao final de mais uma safra de grãos na região.
Perdas significativas
Conforme era esperado, as perdas econômicas serão muito grandes – os relatos são de áreas que produziram entre 5 e 35 sacos/hectare. Ainda não temos os dados finais da média na região, mas podemos ter uma queda superior a 40% na média histórica da região.
Preço da soja
O valor da saca de soja na região segue caindo, tudo isso pressionado por uma safra recorde no Brasil com uma produção estimada em 167,9 milhões de toneladas, ou seja, um aumento de 13,6% em relação à safra anterior. Portanto, embora a demanda chinesa siga crescendo, a queda do dólar e a maior oferta têm pressionado o preço da soja na região.
Arroz
A colheita de arroz segue avançando na região, entretanto, devido ao atraso na semeadura, ainda faltam cerca de 20% da área para ser colhida. O preço do arroz segue estável em torno de R$ 74 na região. Esse valor, com certeza, será um grande desafio aos agricultores, afinal, não cobre os custos de produção da maioria das áreas.
Plano safra 2025/26
Com o cenário de juros altos, crescem os rumores de que, para o plano safra deste ano, tenhamos um aumento nas taxas de juros, o que seria desastroso para o nosso agronegócio. Além disso, uma grande reclamação do último plano é a demora na liberação de recursos. Afinal, é de suma importância que o dinheiro chegue na hora que o agricultor realmente precisa.
Rio Grande do Sul
O cenário no nosso Estado é ainda mais grave, afinal nossos agricultores já vêm com perdas acumulados dos últimos anos. Portanto, esperamos que ocorra a sensibilização por parte dos nossos governantes para que existam políticas públicas que possam realmente apoiar os nossos agricultores nesse momento complicado.
Efeitos na economia da cidade
Se o ditado de que “se o campo não produz, a cidade não come” já é bem conhecido e mostra a importância da nossa agricultura, precisamos lembrar que, em uma economia baseada no setor primário como é a economia brasileira, se “o campo não compra, a cidade não vende”. Dessa maneira, as perdas ocorrem em todos os setores da nossa sociedade.