Exercício físico reduz depressão e ansiedade em jovens 5u4h2w

Maurício Scopel Hoffmann

Crianças e adolescentes que praticam exercícios físicos regularmente apresentam níveis mais baixos de sintomas de depressão e ansiedade. Um grande estudo internacional, que analisou 375 experimentos clínicos envolvendo mais de 38 mil jovens, confirmou que a atividade física tem efeito moderado na redução de sintomas depressivos e efeito leve a moderado sobre a ansiedade. Os resultados mostraram que exercícios aeróbicos, de resistência ou combinados, praticados com intensidade moderada e por até 12 semanas, foram os mais eficazes. A melhora foi observada tanto em crianças saudáveis quanto naquelas com problemas de saúde física ou mental. Esses achados reforçam a importância de incluir rotinas de atividade física estruturada nos cuidados com a saúde mental infantil, como parte de um plano mais amplo que também pode envolver terapia e, quando necessário, o uso de medicamentos. Movimento é saúde – também para a mente.

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Medicamentos para tratamento do TDAH exigem monitoramento

Uma análise com mais de 22 mil pacientes com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) revelou que a maioria dos medicamentos utilizados no tratamento pode alterar a pressão arterial e a frequência cardíaca, inclusive em crianças. Os efeitos são geralmente pequenos e, na maioria dos casos, sem consequências clínicas relevantes. A pesquisa incluiu medicamentos como metilfenidato, lisdexanfetamina, atomoxetina e bupropiona, e mostrou que todos podem elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca. Em contrapartida, medicamentos como a guanfacina demonstraram reduzir essas medidas. Diante disso, os autores recomendam que a pressão arterial e os batimentos cardíacos sejam sempre monitorados antes e durante o uso desses medicamentos – não apenas nos casos em que se prescrevem estimulantes. O estudo reforça que a segurança cardiovascular deve ser parte integrante do plano de cuidado em casos de TDAH, sobretudo em tratamentos de longo prazo.


As causas sociais dos transtornos mentais

Fatores como pobreza, desigualdade, violência, migração forçada e exclusão social estão entre os principais determinantes do sofrimento psíquico. Uma revisão publicada na The Lancet Psychiatry mostra que os transtornos mentais são fortemente moldados por condições sociais e econômicas que atuam ao longo de toda a vida. Segundo a Comissão Global de Saúde Mental da The Lancet, tratar os transtornos mentais sem transformar o contexto que os gera é como “secar gelo”. Para reduzir o impacto dessas condições, é necessário combater suas causas estruturais – como fome, falta de moradia, desemprego, violência e discriminação. A mesma comissão também alerta que avanços na neurociência e na tecnologia não são suficientes. Sem o igualitário aos cuidados e sem políticas públicas voltadas à inclusão social, a saúde mental continuará sendo um privilégio para poucos. 

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